Ser convidado para participar de um casamento é sempre um evento prazeroso para quem ama festas. Tudo perfeitamente combinando: mesas, arranjos, e os famosos e deliciosos bem casados...
Quem não se comove ao presenciar um parente ou um grande amigo realizando o sonho de levar ao altar o seu grande amor?
Há quem prefira negar e deixar esse sentimento para as mulheres, mas a verdade é que, quando conhecemos a história dos noivos, não há como não marejarmos os olhos de felicidade.
Estive em um casamento há pouco tempo atrás e o sentimento aflorado em mim passou muito longe dessa tal felicidade:
O casal era muito humilde, mas a realização do evento ficou por conta de seus “amigos” e o que deveria ser feito com todo amor e carinho, resultou numa noite simplesmente desastrosa:
- Caixas de som com os alto-falantes estourados;
- Cubo do teclado em condições precárias, cabos com chiados;
- Microfones improvisados de última hora pois o responsável pela montagem do som (pasmem, era o melhor amigo do noivo!) simplesmente informou que não tinha condições de arrumar os cabos necessários para o tipo de mesa de som;
· Não havia nenhum tipo de cronograma e logo conclui que também não fora feito nenhum ensaio prévio para a entrada dos padrinhos!
Dá pra imaginar um momento único assim? Pois bem, foi o que aconteceu e tudo foi registrado, fotografado, filmado e presenciado pelos convidados!
Fiquei indignado com a situação e ao mesmo tempo me senti incapaz de reverter aquela situação. Os próprios amigos que deveriam cuidar para que tudo se tornasse memorável, foram os responsáveis pela maior expressão de mediocridade e descaso com o casal.
Essa triste experiência me trouxe à uma analogia do corpo de Cristo: porque as coisas são feitas na linha do “mais ou menos”? É um ensaio que nunca começa e termina no horário, a falta de cooperação em um trabalho específico da igreja, o descaso com os necessitados, com as crianças, com os jovens, com as famílias...
Entendo que o mundo atual corre numa velocidade frenética, mas muitos justificam suas falhas baseados nesses argumentos. Será que estamos preparando a grande festa do arrebatamento da mesma forma que os “amigos da onça”, digo, amigos do noivo descritos acima?
Essa situação me fez lembrar um trecho em João 3:29;30 “Aquele que tem a noiva é o noivo, mas o amigo do noivo, que lhe ajuda e o ouve, alegra-se muito com a voz do noivo. Assim pois, já este meu gozo está completo, é necessário que ele cresça e que eu diminua”
Nessa passagem João se alegra e explica que ele é apenas aquele que estava “preparando o caminho do noivo” para que, quando ele chegasse, tudo estivesse pronto e assim o propósito de encontrar a noiva seria pleno.
Ninguém em uma festa se preocupa em saber quem fez os arranjos, quem montou os instrumentos, quem enfeitou as mesas, quem enfileirou as cadeiras ou montou a programação. Todos querem apenas se alegrar, mas quando um desses detalhes torna-se fator de desvio de atenção, tudo corrobora para uma reclamação e insatisfação em massa.
Tenhamos cuidado em zelar pela casa e pela obra do Senhor para que possamos agradá-lo e assim cumprir com o propósito que ele nos designou.
Seja amigo do noivo e quanto aos amigos da onça, desvie-se deles!
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